Com um título em referência a obra de Saviani, Escola e Democracia, utilizo esse espaço para refletir em poucas palavras sobre como tenho enxergado a Educação à Distância neste século XXI.
Das aulas por correspondências até as teleaulas, a Educação à Distância percorreu um trajeto árduo para se firmar como uma modalidade educacional reconhecida. Nesse entremeio, foram muitas as disputas sociais e políticas envolvidas. Já em 2024, período pós pandemia de coronavírus, é difícil encontrar alguém que vá se opor ferrenhamente à EaD.
Se por um lado isso é positivo, na medida em que tanto facilita a expansão de iniciativas que visem a formação de novos profissionais via EaD, quanto permite a constituição da área como um novo campo de pesquisa embasado em referenciais diversos, vejo também um lado negativo na aceitação acrítica do EaD como modelo de formação.
Me refiro em especial a formação de professores, por vezes cooptada por instituições privadas que visam apenas o lucro, que não deve ocorrer exclusivamente à distância, sob pena de termos uma futura geração de docentes que não tiveram um período formativo pautado em práticas, presenciais, que levem em consideração os conhecimentos pedagógicos do conteúdos.