Roda de conversa

A adoção da aprendizagem centrada no aluno, defendida por Dewey e revitalizada por correntes construtivistas contemporâneas, impõe a docentes e instituições o desafio de conciliar liberdade de escolha, ritmos personalizados e avaliação formativa com a necessidade de garantir sequências didáticas coerentes, objetivos curriculares e equidade de oportunidades. Se, de um lado, a personalização aumenta engajamento, sentido e coautoria do estudante, de outro requer um arcabouço pedagógico robusto: critérios claros de progressão, recursos diversificados e tutorias individualizadas que previnam lacunas conceituais. A criticidade reside, portanto, em substituir o “ensino-padrão” por ecossistemas de aprendizagem flexíveis, mas não aleatórios, nos quais a mediação do professor – agora como designer de experiências e mentor – assegure aprofundamento cognitivo, integração entre teoria e prática e desenvolvimento de competências socioemocionais.