Aprendizagem Adulta na EAD

Re: Aprendizagem Adulta na EAD

by Daywyanny da Silva Ataíde -
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Como já mencionada, na Educação a Distância (EAD), o adulto é colocado no centro do processo de aprendizagem, o que lhe confere responsabilidade, proatividade no ambiente interativo. Entendemos que andragogia, que é a arte e ciência de ensinar adultos, reconhecendo que eles têm experiências de vida que influenciam o aprendizado e que precisam sim serem levadas em consideração, que os adultos buscam aplicações práticas e imediatas do conhecimento, que precisam de autonomia e respeito em seu processo formativo.
Paulo Freire não usava o termo "andragogia", mas sua abordagem dialoga profundamente com ela. Ele defendia que o educando não é um recipiente vazio, mas um sujeito ativo, capaz de refletir sobre sua realidade; que a educação deve ser dialógica, ou seja, construída na troca entre educador e educando; que o conhecimento deve ser contextualizado, partindo da vivência concreta do aluno.
Dessa forma, na EAD, isso significa que o conteúdo precisa ser significativo, e o ambiente virtual deve promover interação, escuta e reflexão crítica — não apenas transmissão de dados, pois ainda conforme Freire em seu livro 'Pedagogia do opriimido", “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". Diante do exposto, destaco ainda a relevância de se existir esses espaços de trocas de conhecimentos, pois à medida que aprendemos, também ensinamos.
De acordo com a obra "Educação como prática da liberdade", Freire via a educação como um ato político e transformador. Para ele, ensinar adultos é reconhecer sua capacidade de mudar o mundo, e não apenas de se adaptar a ele, claro que havendo o estímulo ao pensamento crítico da realidade. Isso se alinha com a proposta da EAD quando ela é usada como ferramenta de inclusão, emancipação e acesso ao saber.