O tutor que atua na Educação a Distância precisa estudar a andragogia porque a maioria dos estudantes dessa modalidade é composta por adultos com experiências, responsabilidades e rotinas distintas das de crianças e adolescentes. A andragogia, teoria desenvolvida por Malcolm Knowles, estuda os processos de aprendizagem do adulto e parte da compreensão de que ele aprende de forma autônoma, busca aplicar imediatamente o que aprende, valoriza a relevância prática do conhecimento e traz um repertório de experiências que deve ser considerado no processo educativo. Ao compreender esses princípios, o tutor torna-se capaz de adaptar sua mediação, deixando de ser apenas transmissor de conteúdos para assumir o papel de facilitador da aprendizagem, estimulando a participação ativa e a troca de saberes entre os alunos.
No contexto do ensino a distância, em que o estudante muitas vezes enfrenta desafios como isolamento, falta de tempo e necessidade de organização pessoal, o tutor que compreende a andragogia pode criar estratégias que promovam engajamento, autonomia e sentido ao aprendizado. Isso se traduz em atividades que relacionam teoria e prática, valorizam as vivências profissionais e pessoais dos alunos e favorecem o aprendizado colaborativo. Além disso, o estudo da andragogia contribui para que o tutor desenvolva uma postura mais empática e acolhedora, capaz de reconhecer o aluno adulto como sujeito de saberes e protagonista de sua formação.
Assim, compreender e aplicar os fundamentos andragógicos na tutoria EAD se faz importante para garantir que o processo educativo seja significativo, motivador e eficaz. Ao reconhecer o adulto como alguém que aprende de modo autônomo, motivado por necessidades reais e experiências acumuladas, o tutor fortalece a relação pedagógica, melhora a qualidade do ensino e contribui para a permanência e o sucesso dos estudantes na educação a distância.