Boa Noite!
Quando comecei a ouvir falar em educação a distância não compreendia como essa modalidade poderia funcionar efetivamente. Pois considero a figura presencial do professor em um ambiente de estudos primordial e insubstituível. Ainda que hajam cursos autoinstrucionais, essa elaboração se deu por um profissional habilitado para tal função. Na experiencia que eu tenho no sistema educacional público da minha cidade, posso dizer que não é todo tipo de curso e nem todo tipo de público que se adequa a essa modalidade (EAD). Sou completamente a favor de aulas mediadas, onde um professor alcance um quantitativo enorme de alunos nas mais diversas e distantes cidades, aulas em que haja um ser humano falando e compartilhando sua história e seu conhecimento. Para mim essa seria a visão ideal de transpor a palavra 'distância'. Participo de uma formação EAD, tem encontros com a tutora uma vez por semana, com um horário igual como se fosse presencial de 19h as 22h. O detalhe é: a presença não é obrigatória. O que acontece? Na maioria das vezes entre 5 e 15 alunos participam das aulas, de um universo de 425 alunos. Eu acho uma tremenda falta de respeito, pois a professora organiza material e dispõe do seu tempo para estar conosco e tirar possíveis duvidas e não recebe a valorização que merece. Nos dias entre um encontro e outro o grupo de mensagens explode com tanta perguntas sobre materiais, atividades e inúmeras bobagens que não aconteceria se houvesse uma maior participação dos alunos nas aulas. Minha reflexão aqui é que a responsabilidade com essa modalidade de ensino deve ser maior, pois mesmo que seja a distância tem um calendário e um cronograma a cumprir como em um estudo presencial, e os participantes cumprirem a sua parte. Não é EAD para fazer do jeito que a pessoa bem entender, é EAD para ressaltar que mesmo distante, o estudante não estará desamparado.
Obrigada pela atenção e desculpem o texto longo! Boa semana para nós.