A andragogia deve ser pensada a partir das especificidades do aprendizado de adultos, considerando suas experiências de vida, autonomia e motivação para aprender. Diferente da pedagogia, que foca no ensino infantil e juvenil, a andragogia enfatiza a necessidade de tornar o ensino relevante, prático e significativo para os aprendizes adultos.
Princípios da Andragogia (Malcolm Knowles)
- Necessidade de saber – O adulto aprende melhor quando entende a relevância do conteúdo para sua vida.
- Autonomia e autodireção – Adultos são independentes e aprendem melhor quando participam ativamente do processo.
- Experiência prévia – O conhecimento e as vivências acumuladas influenciam o aprendizado e devem ser valorizados.
- Prontidão para aprender – A aprendizagem acontece quando está ligada a desafios reais da vida e do trabalho.
- Orientação para a aplicação – Adultos preferem conteúdos aplicáveis à sua realidade, com foco na resolução de problemas.
- Motivação interna – O aprendizado é impulsionado mais por motivações internas (crescimento pessoal, avanço profissional) do que por recompensas externas.
Como Aplicar a Andragogia na Educação de Adultos?
- Aprendizagem baseada em problemas e casos reais – Conectar o conteúdo à prática cotidiana.
- Uso de metodologias ativas – Estudos de caso, simulações, debates e aprendizagem baseada em projetos.
- Flexibilidade e personalização – Adaptar ritmos e formatos para respeitar as demandas dos alunos.
- Ambiente colaborativo – Criar um espaço onde os alunos possam compartilhar experiências e construir conhecimento coletivamente.
- Feedback contínuo e dialógico – Os adultos precisam perceber o progresso e receber orientações que os ajudem a avançar.
Se for aplicada no contexto da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou da formação continuada de professores, a andragogia deve considerar as dificuldades dos alunos com a escolarização prévia e o uso de tecnologias, equilibrando desafios e suporte adequado.