A andragogia é a ciência que se dedica ao estudo da educação de adultos, diferenciando-se da pedagogia, voltada prioritariamente ao ensino de crianças. O conceito ganhou notoriedade a partir da década de 1970, com o educador Malcolm Knowles, que destacou que os adultos aprendem de forma distinta em razão de suas experiências de vida, responsabilidades e motivações.
No processo de aprendizagem de adultos, alguns princípios fundamentais são destacados:
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Autonomia – O adulto tende a ser mais autodirigido em seu aprendizado, preferindo exercer controle sobre o que e como aprende. Ele busca experiências que façam sentido para sua vida pessoal e trajetória profissional.
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Experiência – A bagagem acumulada ao longo da vida constitui uma fonte valiosa de conhecimento. Esses saberes prévios funcionam como base para relacionar novos conteúdos, tornando o aprendizado mais significativo.
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Relevância – A motivação para aprender aumenta quando o adulto reconhece a utilidade prática do conteúdo, seja para a vida cotidiana, seja para o contexto de trabalho. Assim, cursos e treinamentos devem ser aplicáveis e contextualizados.
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Prontidão para aprender – Em geral, os adultos se mostram mais receptivos ao aprendizado quando enfrentam desafios ou transições, como assumir novas funções ou realizar mudanças de carreira.
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Motivação interna – Apesar de recompensas externas (como promoções ou melhores oportunidades) influenciarem, a motivação intrínseca — o desejo de crescimento pessoal e realização — costuma ser o fator mais determinante.
A andragogia valoriza uma aprendizagem colaborativa e participativa, em que o educador atua como facilitador do processo, e não apenas como transmissor de conhecimento. Essa abordagem cria um ambiente de ensino no qual o adulto se sente respeitado, valorizado e verdadeiramente engajado em seu próprio desenvolvimento.