Gostaria de abrir esse espaço para provocar um debate: Como vocês percebem o papel do mediador na Educação Profissional, especialmente na modalidade a distância, quando pensamos nos desafios de democratização do acesso e na construção da autonomia estudantil?
Falo a partir de duas vivências: como estudante de Engenharia Civil e como educadora de base pedagógica. A mediação, para mim, não pode ser reduzida à operacionalização de conteúdo. Em cursos técnicos e de formação profissional, vejo uma tendência perigosa de tecnicização do processo educativo — onde formar é preparar para o mercado, e não para o mundo.
Mediar é também resistir a esse modelo. É tensionar o espaço institucional, reconhecer desigualdades, valorizar os saberes populares e os trajetos desviantes. Se a EaD quiser ser emancipadora, precisará assumir que o mediador é mais do que uma engrenagem do sistema: ele é um agente político.
Quero muito ouvir vocês. Já sentiram esse conflito em suas práticas?