Em sua exposição de ideias, ressaltou a relevância da Andragogia ao romper com métodos tradicionais e padronizados, reconhecendo as "peculiaridades culturais e características individuais dos adultos", o que, em uma abordagem construtivista, permite a colaboração entre professor e aluno na construção do conhecimento, salientando a importância do aluno desempenhar um papel ativo nos processos educativos. Além disso, destacou-se a importância do professor como mediador, responsável por acompanhar e intervir no processo de aprendizagem de acordo com a necessidade, o que é crucial tanto na educação presencial quanto na educação à distância. A ênfase no aprendizado personalizado e efetivo, que permite que os alunos compreendam a relevância do conteúdo em suas vidas sociais, é um ponto positivo destacado por Paulo Freire (1987). Contudo, seria benéfico para todos nós uma investigação mais aprofundada sobre como a Andragogia difere dos métodos tradicionais, permitindo uma compreensão mais clara das práticas específicas e estratégias pedagógicas empregadas, inclusive estabelecendo os limites dela. O rompimento mencionado é parcial, uma vez que o nosso sistema educacional é fortemente influenciado pelo neoliberalismo, dificultando a implementação de práticas pedagógicas mais reflexivas e críticas que possam realmente libertar professores e alunos da perspectiva conteudista e alienante.
Recomendo a leitura do artigo "A influência do discurso neoliberal na governamentalidade pedagógica no Brasil contemporâneo", de autoria de Audrei Pizolati. Apesar de o autor se concentrar nos efeitos da Reforma do Ensino Médio, podemos compreender certas perspectivas do neoliberalismo de implantar brutalmente as ideologias mercadológicas na formação de todos os níveis de educação no Brasil. A formação conteudista e empreendedorista, focada nas necessidades do mercado de trabalho, exerce grande influência na Andragogia, algo necessário para manter a estrutura social desigual e rentável às classes hegemônicas. Em suma, não estou afirmando que não há esperança ou que a Andragogia não corresponde à tentativa de romper com as perspectivas tradicionais da educação, mas, sem dúvida, ela tem sido amplamente absorvida pelas políticas neoliberais.
Referências bibliográficas:
Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
PIZOLATI, Audrei Rodrigo da Conceição. A influição do discurso neoliberal na governamentalidade pedagógica no Brasil contemporâneo. Revista Cocar. V.14 N.28 Jan./Abr./ 2020 p.521-540. Disponível em: . Acesso em 20 de junho de 2023.
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Ótimas reflexões.
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Foi muito bom
Re: Professor como mediador
Acredito que ser mediadora vai além de simplesmente transmitir conhecimento. Meu objetivo é criar conexões reais com os estudantes, guiando-os para desenvolverem habilidades críticas e reflexivas, essenciais tanto na vida acadêmica quanto em suas futuras carreiras. É um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade incrível de contribuir para uma educação mais significativa e transformadora. Estou animada para construir essa jornada junto com meus futuros alunos!
Quando o aprendente compartilha suas experiências, ele não apenas contribui para o aprendizado coletivo, mas também desafia o professor a repensar e ampliar suas próprias perspectivas, tornando o processo muito mais dinâmico e colaborativo. Essa troca é essencial para criar um ambiente de aprendizado horizontal, onde todos – professores e alunos – aprendem uns com os outros.
Além disso, a singularidade da aprendizagem é um aspecto fundamental. Cada indivíduo tem suas próprias formas de absorver, interpretar e aplicar o conhecimento, e respeitar essas diferenças é crucial para promover uma educação inclusiva e eficaz. No contexto da Educação a Distância (EaD), isso pode ser um desafio, mas também uma oportunidade. Ferramentas como fóruns de discussão, estudos de caso e atividades colaborativas podem ajudar a integrar essas experiências de maneira prática e significativa.
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Passei pela mesma situação, inclusive fiquei pensativa sobre como precisamos sempre nos atualizar. Eu realmente não conhecia o termo e me surpreendeu. Mas percebi que ajudou muito a clarear as ideias sobre o trabalho com adultos, essas nomeações e conceitos realmente nos dão um norte.
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Ao considerar os princípios da andragogia, o mediador deve criar um ambiente de aprendizado que valorize as vivências dos estudantes, conectando os conteúdos acadêmicos com as experiências práticas que eles trazem consigo. Essa abordagem estimula a aprendizagem significativa, promovendo o engajamento e a motivação intrínseca dos adultos, que geralmente buscam conhecimentos diretamente aplicáveis às suas realidades pessoais e profissionais.
Além disso, o mediador deve adotar estratégias pedagógicas que favoreçam a troca de ideias, o desenvolvimento do pensamento crítico e a personalização do ensino, respeitando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem. Isso reforça a ideia de que o professor no ensino superior não é mais o centro absoluto do processo, mas um guia que orienta os estudantes a se tornarem protagonistas de suas trajetórias acadêmicas.
Assim, a integração da andragogia ao papel do mediador no ensino superior não só transforma a dinâmica tradicional de ensino, mas também contribui para formar profissionais mais preparados, reflexivos e capazes de aplicar o aprendizado de forma prática e transformadora em suas vidas.
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
Re: Professor como mediador
As oportunidades, que aparece nas nossas vidas faz toda a diferença
estou atuando como mediadora e vejo a importancia desse ator pedagógico para o apoio ao aprendizado
o processo de ensino-aprendizagem é bem complexo e ao professor são atribuídas muitas responsabilidades, mas é extremamente enriquecedor aprender a aprender com as experiências dos outros.
Perguntar ao ChatGPT
De fato, quando o educador valoriza as experiências prévias dos alunos, especialmente no contexto da educação de adultos, promove um ambiente de respeito e corresponsabilidade pelo aprendizado. Essa postura transforma a sala de aula em um espaço de construção coletiva do conhecimento, no qual diferentes trajetórias de vida se tornam recursos pedagógicos. Assim, a relação entre professor e aluno deixa de ser hierárquica e passa a ser dialógica, favorecendo um processo formativo mais humano, participativo e enriquecedor para todos os envolvidos.